terça-feira, 22 de janeiro de 2008

“A Bailarina e o Soldado de Chumbo”


Parte V

Os dias foram se passando, Sara estava cada dia mais confusa com sua estória com Luís. Ela se sentia só, ligava para ele, mas não era atendida, de vez em quando ele aparecia, conversavam um pouco, se divertiam muito, trocavam livros, filmes, informações. Aos poucos Sara foi perdendo o interesse nele e investindo numa amizade. Era muito bom conversar com ele, mas namorar seria algo bem difícil já que ela não conseguia entende-lo, nem ter confiança no que ele falava. Já estava na hora dela parar de fazer escolhas erradas.
Em um domingo chato como outro qualquer, Erick conversava com uns amigos pela internet. Ele estava triste, acabara mais um relacionamento, se sentia rejeitado, sozinho. Sara e Rita, que conversavam com ele, falavam pra ele pensar em outras coisas, tentar se divertir um pouco. Marcaram um encontro no mesmo dia para que ele pudesse se distrair. Rita e Sara esperaram por ele no local combinado, mas Erick não pôde ir, seu pai estava com um problema e ele precisou ajudá-lo.
Na mesma semana os três decidiram se encontrar. Foram ao cinema e depois a praia. Foi uma noite maravilhosa, os três ficaram muito amigos, tornaram os encontros um hábito. A cada encontro Erick se encantava mais por Sara. Um clima diferente envolvia os dois, era como se tudo conspirasse a favor para que eles se aproximassem. Sara ainda estava confusa com tudo que estava acontecendo em sua vida. Ela tinha muito medo de se apaixonar e de amar alguém. Ela nunca tinha amado de verdade, sempre teve uma visão radical e feminista sobre relacionamentos. Mas ela sentia que o que estava acontecendo com Erick era algo mais que amizade.
Novamente Erick se vê apaixonado. Ele não queria, não suportaria mais uma decepção. Tentou fugir, mas quanto mais se policiava, mais se pegava pensando nela. “Sara...o que você está fazendo comigo?”, ele pensava. Sua vida mudou depois que ela apareceu. Era como se ele já soubesse desde o primeiro instante que Sara estava trazendo as tintas para colorir sua vida “preta e branca”. Erick começou a se aproximar mais de sua amiga e a demonstrar o que estava sentindo.
Apesar de sentir uma forte atração por Erick, Sara estranhou a forma que ele a tratava. Era carinhoso demais, a elogiava sempre, a olhava de uma forma profunda, como se estivesse enfeitiçando. Ela temeu que Erick só estivesse querendo se divertir um pouco à custa dela. Era cruel pensar uma coisa dessas, mas Sara sempre teve essa visão de que no mundo atual não dá mais para confiar em homem nenhum. Segundo ela, as pessoas só pensam em si mesmas, não existe amor...isso foi um sentimento inventado por artistas para poder vender suas estórias românticas.



Continua...

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